Já estava com saudades do “DCI Luther”. Para quem acompanhava as desventuras do personagem encarnado por Idris Elba, já esperava um bom filme com clichês típicos e um mistério mal resolvido, onde o então ex-policial seria convocado a participar. Mas a imersão foi maior do que o esperado. Com Andy Serkys como vilão, já podíamos imaginar algo em grande escala.
Ainda preocupado por um assassinato não solucionado, John Luther consegue escapar da prisão, e sai a caça de um serial killer.
Ligeiramente diferente da série, “Luther: O Cair da Noite” trabalha com a área tecnológica a favor do roteiro trazendo inovações para o bandido, mas não para o mocinho. Também fora bastante abusado na violência não típica.
Apesar de algumas pontas soltas e o filme custar um pouco a engrenar, tudo acaba se justificando. A morosidade é importante pois tenta explanar detalhes que conectam o filme a fatos anteriores mostrados na série, podendo ser assistido tanto por leigos quanto por aficionados pelos dramas da BBC.
Indo as vias de fato, o Luther da Netflix mantém o ritmo policial e soturno do personagem, ainda que pudesse ter explorado um pouco mais as travas psicológicas do policial psicótico e ansioso. O filme ainda deixa espaço para uma possível continuação. SPOILER: a última cena deixa nas entrelinhas uma possível indicação de Idris Elba para interpretar o novo James Bond. Seria sensacional.