Definitivamente a série “Better Call Saul” conseguiu apaziguar e amenizar os viúvos da AMC. Saudosos ainda com os eternos Walter White e Jesse Pinkman, a tendência imediata seria fazer uma comparação entre as duas séries. Porém o objetivo é contar o que se passa seis anos antes de Breaking Bad: a história e o início da vida profissional de James McGill, o advogado “chave de cadeia” e com clientela bastante peculiar na cidade de Albuquerque. Após dez episódios já pode-se tirar muitas conclusões e observar determinantes fatos que irão reger a vida e os negócios do bom, velho e eterno perdedor.
A mão do diretor Vince Gilligan rege o clima agreste, mas antes trazendo um herói cansado e atrás de um balcão de uma loja de frangos ao estilo “KFC”. De forma atemporal, não há como definir ao certo quem é aquele ser que está longe do que conhecemos. Em seguida entramos para conhecer o bobo Jimmy, que ainda com pouca malícia para o mundo vai vivendo de seus poucos conhecimentos procurando fazer o melhor e sem agredir a “moral e bons costumes” de qualquer cidadão.
A cada episódio vamos apontando falhas e qualidades tanto do personagem como do próprio seriado, que apesar de um clima mais lento não deixa de ter o brilhantismo da série que derivou. Ainda como “brinde” temos as aparições inusitadas como do sombrio ex-policial Mike, o qual certamente veremos muito mais e também tem muito mais a contar, quiçá ter sua própria série também. O barril de pólvora Tuco está entre as aparições, e já sabemos que a segunda temporada (confirmada para 2016) também contará o pouco da história que conhecemos do tio Hector Salamanca.
De toda sorte que “Better Call Saul” precisava para uma boa estréia e consolidação do novo seriado como um novo início, um bom motivo, ou ainda uma brecha na lei para que o advogado mais conhecido (e carismático) dos últimos anos pudesse entrar com uma ação, indo de réu a “promotoria”…
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